Esse cenário reflete uma série de fatores que pressionam o mercado da carne. A seca severa e os incêndios que atingiram diversas regiões do Brasil reduziram a oferta de pastagens, dificultando o manejo do gado. Além disso, houve um aumento nas exportações de carne, especialmente para a China, principal destino do produto brasileiro.
Outro ponto importante destacado pelo pesquisador Thiago Bernardino de Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é a redução na taxa de confinamento de gado, uma prática que tende a diminuir a oferta de animais prontos para abate. "Somando esses fatores, temos ainda uma alta demanda interna, que reforça a tendência de manutenção ou até mesmo de novos aumentos no preço da carne até dezembro", afirma o especialista.
Com os preços mais altos, o consumidor brasileiro já sente o impacto no orçamento doméstico, enquanto o setor produtivo enfrenta desafios para equilibrar oferta e demanda. A expectativa é de que os valores só comecem a ceder em 2024, com a recuperação das pastagens e ajustes no mercado.
Foto: Reprodução/Internet
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