Padre Sercio Catafesta é condenado a 10 anos de prisão em regime fechado

Foto/Arquivo

Guarapuava - Ainda não é o fim da novela, mas a sentença foi dada. A juíza da 2º Vara Criminal de Guarapuava, Paôla Gonçalves Mancini, condenou o padre Sercio Ribeiro Catafesta a 10 anos, dois meses e 15 dias de prisão em regime fechado.

Além dele, mais três réus também foram condenados com penas variando entre dois anos e quatro meses e três anos e quatro meses em regime aberto. As condenações dos sentenciados em regime aberto, porém, foram substituídas por prestação de serviços à comunidade. Todos foram condenados por furto qualificado, inclusive o padre, e podem recorrer em liberdade.

Deflagrada em 19 de novembro de 2014, a Operação Sacrilégio investigou denúncias de desvio de dinheiro na reforma da Casa de Formação de Líderes Nossa Senhora de Guadalupe, apresentadas ao Ministério Público que, com o auxílio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nas investigações, ofereceu denúncia à Justiça.

Segundo o MP-PR, o grupo se apropriou de recursos do setor de obras da Mitra Diocesana de Guarapuava, apresentando notas frias e superfaturadas na prestação de contas. Padre Sercio teria contratado três pessoas pagando valores superfaturados pelos serviços de reforma na Casa de Formação.

Ainda de acordo com a denúncia, os serviços elétricos e hidráulicos geraram prejuízo de R$ 46.980,15, e a contratação do mestre de obra provocou um rombo de R$ 16.284,49.

Segundo o G1, a Mitra Diocesana de Guarapuava informou que vai se manifestar através de advogados em momento oportuno.

O padre Sércio Catafesta chegou a ser acusado, neste mesmo processo, por coação de testemunha. Entretanto, o próprio MP-PR pediu a absolvição do padre para este crime. Este também foi o entendimento da juíza, que o absolveu desta acusação.

Na sentença, a juíza Paola Gonçalves também estipulou pagamento de multas que totalizam R$ 66.200,00.

Jonas Laskouski, com informações do G1 e RPC Guarapuava