O ano letivo de 2021 na Rede Estadual de Ensino do Paraná vai começar em 18 de fevereiro em formato híbrido. Ou seja, com parte dos alunos assistindo às aulas de forma presencial nas escolas, enquanto o restante dos estudantes acompanha, simultaneamente, a mesma aula de maneira remota.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, a intenção é que haja um revezamento semanal entre os estudantes dentro do próprio sistema.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou o calendário escolar durante entrevista coletiva, ainda em dezembro, no Palácio Iguaçu. “Montamos um planejamento especial, com todos os cuidados necessários para que os alunos possam voltar às aulas presenciais de uma maneira segura. O retorno é um anseio da sociedade, pela volta da convivência no ambiente escolar. É um modelo que garante qualidade e segurança para estudantes e professores”.
COMO VAI FUNCIONAR:
Conforme o governador, a prioridade será dos alunos que não têm acesso à tecnologia em casa, como um computador ou aparelho de telefone celular. O Governo do Estado já subsidia com a programação de ensino a distância, a internet de quem não tem condições de pagar por um provedor. Quem não se enquadrar na categoria poderá seguir o modelo atual, com a impressão do material didático. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, cerca de 5% dos matriculados na rede se encontram nesta condição.
Será uma operação grande, que envolve tecnologia, livros, transporte e merenda, tudo com as adequações necessárias, pensando na rotina dos nossos jovens. Além disso, a confirmação da presença dos alunos nas escolas será feita por pais ou responsáveis legais. Eles que assinarão um documento autorizando a ida do estudante. Eles terão liberdade para aderir ou não ao modelo presencial. Profissionais do grupo de risco, por exemplo, estão liberados das atividades presenciais.
MEDIDAS DE SEGURANÇA:
Além disso, os colégios estaduais vão adotar as medidas do protocolo de prevenção contra a covid-19 elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde, seguindo o mesmo modelo já usado no retorno de atividades extracurriculares no fim de outubro. Entre outros itens, haverá medição de temperatura na entrada das escolas, uso obrigatório de máscara, distanciamento social respeitando o distanciamento de 1,5 metro entre alunos e disponibilização de álcool em gel dentro da escola. Conforme Renato Freder, o secretário de Estado da Educação e do Esporte, a capacidade da sala de aula também será reduzida a no máximo 50% da ocupação normal. “Pensamos em salas de aulas com oito a dez alunos no máximo, seguindo fielmente os protocolos exigidos pela Secretaria da Saúde”.
TRANSMISSÃO:
Paralelamente, um novo modelo de transmissão de aulas remotas será adotado. A nova formulação das aulas a distância permitirá maior interação com os estudantes, com transmissão das aulas presenciais via Google Meet, já usado em 2020 pelos professores da rede. No começo do ano essa transmissão será feita através de notebooks, mas a intenção é entregar um novo equipamento, atualmente em fase de testes pela secretaria, para substituí-los. Cada sala de aula terá ainda ponto de acesso Wi-Fi e uma TV LED instalada em um suporte, conectada a um computador com acesso à internet e a uma câmera com microfone. Assim, o professor dará aula aos alunos que estão na sala ao mesmo tempo em que poderá ver e interagir com os que estão em casa, transmitindo a todos o mesmo conteúdo. A modalidade permite, portanto, um ensino completo, interativo e dinâmico.
O Estado investirá R$ 70 milhões na na modernização do processo de transmissão. Quem ficar em casa vai assistir ao vivo à aula. E para o professor vai aumentar a interação, já que ele poderá ver o rosto de quem está no outro ambiente, sanar as dúvidas no mesmo momento. Haverá sincronia total entre quem está nas salas de aula e quem está em casa.
PREVENÇÃO:
Apenas no segundo semestre de 2020, a pasta investiu R$ 5,96 milhões na compra de equipamentos de prevenção. Desse modo, abastecendo as mais de 2 mil escolas do Estado com álcool em gel, álcool líquido 70%, ‘dispensers’ para o produto, medidores de temperatura, macacões para as equipes de limpeza e máscaras de tecido. Os materiais das escolas já foram distribuídos aos 32 Núcleos Regionais de Educação. Outros materiais como luvas e botas para profissionais de limpeza e fitas adesivas para orientar o distanciamento social em pátios e salas de aulas estão sendo adquiridos pelas próprias escolas, com verba do fundo rotativo.
EDUCAR PARA PREVENIR:
O ano letivo de 2021 contará com o programa Educar para Prevenir. Parceria entre as secretarias da Educação e da Saúde, o projeto vai levar orientações sobre doenças, como prevenção e cuidados, para dentro da grade escolar dos alunos. De acordo com o planejamento, entre 10% a 15% do conteúdo de Ciências para alunos do Ensino Fundamental nos anos finais e de Biologia no Ensino Médio abordarão o tema. A ação se dará uma vez por semana com objetivo de tornar a escola agente de disseminação de informação sobre prevenção de doenças. Inicialmente com foco na pandemia do coronavírus e depois expandindo para outras doenças endêmicas e doenças crônicas não degenerativas. (Com AEN).